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Foi inaugurada no dia 30 de julho a Unidade Ambulatorial de Assistência, Ensino e Pesquisa – Centro de Medicina Paliativa da Disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É a primeira da área ligada ao ensino médico. O espaço permitirá aos jovens médicos e estudantes a vivência e o cuidado digno aos pacientes vitimados por doenças graves e sem chances de sobrevivência.

Coordenado pelo Professor Titular da Disciplina, Antonio Carlos Lopes, o ambulatório teve suas instalações – do aluguel à manutenção - totalmente viabilizadas com recursos de parceiros da iniciativa privada. Os patronos e beneméritos, que proporcionaram inclusive a reforma do espaço, estiveram presentes na inauguração.

Para Lopes, este é um importante marco na história da medicina brasileira. "Alunos da graduação e residentes passarão pelo local. Mais do que teoria, será uma vivência prática da interação da medicina ao humanismo. Que sirva de exemplo e incentivo para que outras instituições trilhem o mesmo caminho", explica.

A cerimônia também teve a participação do presidente da Associação Médica Brasileira, José Luiz Gomes do Amaral, do Superintendente do Hospital São Paulo, José Roberto Ferraro (que representou o reitor da Unifesp) e do Vereador de São Paulo, Gilberto Natalini. O Professor Marco Tullio de Assis Figueiredo recebeu uma homenagem, por ser reconhecidamente um grande incentivador dos Cuidados Paliativos.

Já em funcionamento, as atividades do Centro de Medicina Paliativa são supervisionadas pela médica Ana Paula de Oliveira Ramos. Os pacientes e seus familiares têm à disposição uma equipe multidisciplinar composta por médicos, fisioterapeutas, nutricionistas, e outros profissionais da saúde, que dão suporte psicológico, espiritual e emocional.

A Medicina Paliativa é a área de Medicina que cuida dos doentes sem chance de cura, independente das chances de sobrevivência. "Hoje no Brasil as pessoas com doenças graves estão duplamente castigadas. Primeiro não têm o que fazer contra a doença, e depois são praticamente condenadas a ter um triste fim, pois ninguém tem interesse em tratá-las com dignidade. Há planos de saúde que adotam um comportamento antiético e as tiram dos hospitais, e as instituições públicas simplesmente não querem esse paciente. É a total falta de respeito e humanidade", conclui Lopes.