Destaques

16 Abril 2025
O livro Eutanásia, Ortotanásia e Distanásia é mencionado em matéria do portal da Revista Galileu, de 31 de março de 2025. Com o título, “ Suicídio assistido garante uma morte digna? Veja histórias...
15 Abril 2025
O papel do internista no cuidado do paciente hospitalizado será tema de evento em 23 de abril, na Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM) - Regional Sul, em Porto Alegre (RS). A SBCM -...
14 Abril 2025
A Sociedade Brasileira de Clínica Médica informa que NÃO INDICA E NÃO VENDE NENHUM CURSO preparatório para Prova de Título de Especialista em Clínica Médica ou de atualização em Clínica Médica....

PARIS, 6 Jan 2011 (AFP) -Um estudo de 1998 que semeou pânico no mundo anglo-saxão ao vincular o autismo infantil à vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) foi uma "falsificação elaborada", assinala nesta quinta-feira o British Medical Journal (BMJ).

A revista médica britânica The Lancet se retratou formalmente, em fevereiro de 2010, sobre esta investigação e decidiu retirar o artigo publicado, o que provocou uma queda da vacinação com a tríplice na Grã-Bretanha.

The Lancet havia reconhecido já em 2004 que não devia ter publicado o estudo dirigido pelo dr. Andrew Wakefield, que fazia temer um possível vínculo entre a vacina tríplice viral e o autismo, e que provocou uma grande controvérsia na Grã-Bretanha.

Várias investigações (britânica, canadense, americana), publicadas depois do controvertido estudo, que só levou em conta uma amostragem de 12 crianças, não encontrou qualquer correlação entre o aparecimento do autismo e a vacina tríplice.

De fato, o principal autor do estudo, que criou pânico ao publicar seu estudo na prestigiosa revista médica, foi acusado de irregularidades e de ter levado adiante uma pesquisa sem respeitar a ética médica.

The Lancet, ao retratar-se do artigo, acatou uma decisão do General Medical Council (Conselho Geral de Medicina) britânico, segundo o qual alguns elementos do artigo de 1998 de Wakefield e seus coautores eram inexatos e seus métodos de pesquisa pouco éticos.

Em março passado, a justiça americana rejeitou qualquer vínculo entre a tríplice vacina administrada em William Mead quando era bebê e os sintomas de autismo que se desenvolveram mais tarde.

Três famílias já viram rejeitadas suas demandas por casos similares.

A atitude de muitos pais, de se negar a vacinar seus filhos contra as infecções infantis, contribuiu para um aumento de casos de sarampo nos Estados Unidos e em alguns países europeus há muitos anos, segundo os serviços americanos de controle e prevenção de doenças.

Fonte:  AFP, 6 DE JANEIRO DE 2011