Destaques

25 Abril 2024
De olho na constante evolução da Clínica Médica, as regionais da SBCM prepararam uma experiência de aprendizado enriquecedora para capacitar os clínicos a oferecerem um cuidado ainda mais eficaz e...
22 Abril 2024
Como representante da especialidade com o maior número médicos especialistas do país, com o maior número de residentes e a menor taxa de ociosidade, a Sociedade Brasileira de Clínica Médica se...
16 Abril 2024
"É comum que os pacientes tenham um cardiologista, um endocrinologista, um cirurgião de referência, um urologista (os homens), um ginecologista (as mulheres) e outros especialistas conforme as...



A dismenorreia primária, popularmente conhecida como cólica menstrual, é uma manifestação dolorosa no baixo ventre ocorrida no período menstrual. Normalmente, vem associada a dores de cabeça, diarreia, dores nas costas, fadiga, inchaço e náusea. Após os primeiros anos da primeira menstruação, muitas mulheres já sentem esses incômodos que a acompanharão por muitos anos. Em alguns casos, a intensidade diminui em alguns anos ou após a primeira gravidez.

Com maior incidência entre jovens em idade escolar, devido ao útero imaturo, a cólica menstrual atinge cerca de 75% das adolescentes, sendo que em 15% delas, as dores são tão fortes que levam a faltas e queda do rendimento escolar. O mesmo acontece no ambiente de trabalho, que acaba prejudicado.



Conforme especialistas, a intensidade da cólica depende de fatores do próprio útero e também do limiar de sensibilidade à dor, que é uma variável dependente de cada mulher. 

A dor da cólica menstrual está presente em 70% a 90% das mulheres em idade reprodutiva, podendo ser branda, moderada ou severa. Os casos severos correspondem a 10% do total. Conforme estudos, entre os sintomas da dismenorreia, o cansaço é o mais frequente e atinge 59,8% das mulheres, vindo logo atrás do inchaço nas pernas (51%), cefaleia (46,1%), diarreia (25,5%) e vômito (14,7%).

O desconforto menstrual acontece, geralmente, apenas nos dois primeiros dias do ciclo, podendo variar a cada mês, estendendo-se por mais dias ou ausentando-se por algum período.

 Além destes sintomas próprios do período menstrual, há a famosa TPM, sigla para tensão pré-menstrual, que afeta o sistema nervoso central e interfere no humor. A TPM geralmente ocorre na segunda metade do ciclo menstrual, trazendo sintomas físicos e comportamentais que podem prejudicar o trabalho e os relacionamentos pessoais. Cerca de 40% das mulheres já foram afetadas pela TPM. De 2% a 3% delas, com idades entre 15 e 45 anos, tiveram quadros graves.

Os sintomas mais comuns da TPM são retenção hídrica, sensibilidade mamária, irritabilidade, ansiedade e, nos casos mais graves, agressividade e depressão.

A ocorrência de TPM e dismenorreia não é uma regra. Há mulheres que não apresentam nenhum deles, algumas apresentam apenas um dos quadros e outras os têm combinadamente. No entanto, a correlação de intensidade entre elas não existe.

Para minimizar os efeitos negativos deste período da vida da mulher, especialistas explicam que, embora alguns medicamentos possam combater a dor momentânea, o ideal é procurar o ginecologista para um tratamento a longo prazo nos casos mais frequentes e severos. Essa avaliação é extremamente importante para descartar a presença de doenças que possam provocar os sintomas, como endometriose, doença inflamatória pélvica ou estreitamento do canal cervical.

Descartadas outras causas, o tratamento geralmente combina medicamentos e métodos contraceptivos, como o uso contínuo da pílula anticoncepcional, sem o intervalo para a menstruação. Não há prejuízo à saúde das usuárias quando se emendam cartelas de anticoncepcionais. Pelo contrário, o que pode haver é o benefício do alívio de alguns sintomas relacionados à menstruação e ao período pré-menstrual, como cólicas e TPM.

É importante salientar que todos os tipos de pílula anticoncepcional podem trazer benefícios para as cólicas menstruais. Alguns métodos mais modernos, inclusive, tratam também a TPM.

Para saber mais acesse: www.mulhercoracao.com.br.