Pouco mais de um ano após seu lançamento, a obra “Tratado de Clínica Médica” se mostra referência entre os profissionais da área e as faculdades de medicina e bate recorde de vendas. Dividido em três volumes, que somam 5.465 páginas, o Tratado foi editado pelo professor Antonio Carlos Lopes, presidente da SBCM e titular da Disciplina de Clínica Médica da Unifesp – EPM (Universidade Federal de São Paulo/ Escola Paulista de Medicina), e lançado pela Editora Roca em fevereiro de 2006. Desde o lançamento, já foram vendidos mais de dez mil exemplares da obra.

Reconhecido por ser a mais completa fonte de consultas sobre as doenças que acometem o ser humano, o diferencial da obra está no fato de ele trazer inclusive as doenças tropicais, tipicamente brasileiras. Antes do lançamento do Tratado, as literaturas mais indicadas na área eram estrangeiras e, portanto, não contemplavam particularidades encontradas no Brasil. Segundo o editor, Antonio Carlos Lopes, “era absurdo estudarmos Doença de Chagas ou outras doenças tropicais em um livro americano, afinal, são doenças endêmicas do Brasil”.

A obra foi produzida durante dois anos, e contou com a colaboração de mais de mil autores brasileiros que estão entre os maiores especialistas. “Sentíamos a falta moral de ter uma obra dessa qualidade e abrangência produzida por médicos brasileiros” é o que afirma o editor. Além dos textos de fácil leitura e conteúdo completo, a obra é recheada de ilustrações, que facilitam ainda mais a consulta e o aprendizado. São no total 1.328 imagens, 698 quadros, 1.243 tabelas e 2.706 ilustrações, divididas em mais de 600 capítulos.

O editor enfatiza ainda que a obra é resultado da prática médica à beira do leito, alicerçada na visão humanista da medicina e dos pacientes. “É um livro que atende satisfatoriamente as necessidades dos alunos, dos residentes, do pós-graduando, do médico do grande centro e do médico afastado do grande centro; é uma obra para ensino e para atualização, e seu conteúdo representa a consolidação da Clínica Médica”, afirma Lopes, que conclui: “O Brasil precisa de bons clínicos, de médicos que resolvam 70% dos casos com competência e custo compatível, de médicos que vejam o doente como um todo e tenham o conhecimento imprescindível para bem assistí-lo”.