O Dr. Renato Delascio Lopes, Master in Health Science (MHS), Prof. Adjunto da Divisão de Doenças Cardiovasculares da Duke University (USA) e Diretor da SBCM, publicou como primeiro autor, um importante artigo científico original no The New England Journal of Medicine, periódico com alto índice de impacto. O especialista desenvolveu um estudo que comparou, em três anos, os desfechos clínicos de duas diferentes técnicas de remoção da veia safena para cirurgia de revascularização do miocárdio: o procedimento feito por via endoscópica (moderna) e o procedimento realizado por via aberta (tradicional).

A pesquisa acompanhou 3 mil pacientes, sendo que uma parte deles foi submetida ao procedimento de remoção da veia safena por via endoscópica e a outra recebeu a técnica aberta. Lopes percebeu que, no período de 12 a 18 meses após a cirurgia, aqueles que se submeteram ao procedimento endoscópico apresentaram maiores taxas de obstrução total e parcial da veia safena do que os pacientes que foram submetidos ao procedimento tradicional. “Antes dessa pesquisa, ninguém havia estudado os efeitos a longo prazo associados ao procedimento endoscópico. As diferenças entre as duas técnicas não se mostraram evidentes até pelo menos um ano após a cirurgia de revascularização do miocárdio, motivo pelo qual os estudos anteriores, com curta duração de acompanhamento e com número insuficiente de pacientes, não foram capazes de detectar essas diferenças”, explica.