Experiência de um centro de gastroenterologia em transplante de microbiota fecal no tratamento de Clostridioides difficile
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Resumo
Contexto: O tratamento do Clostridioides difficile é baseado em ciclo antimicrobiano, mas para os indivíduos que apresentam mais de duas recorrências, pode-se considerar o transplante de microbiota fecal como opção terapêutica. Objetivo: Descrever a técnica e os resultados do transplante de microbiota fecal realizados para infecção recorrente por Clostridioides difficile. Métodos: Estudo retrospectivo, transversal, baseado em revisão de prontuários de pacientes submetidos ao transplante de microbiota fecal. Foram obtidos dados sobre os critérios empregados para seleção do doador, o preparo das fezes e o método de entrega do material, além de informações referentes às características do receptor, como: sexo, idade, comorbidades, internamentos, uso de antimicrobiano prévio à infecção, apresentação clínica, diagnóstico e tratamentos realizados para o Clostridioides difficile. Após o transplante, dados sobre eficácia, desfecho, tempo de seguimento e complicações do procedimento foram considerados. Resultados: Entre 2012 e 2019, 11 pacientes foram submetidos ao transplante de microbiota fecal. O uso de antimicrobiano prévio à infecção ocorreu em 9 pacientes, nenhum paciente internou nos 6 meses anteriores por outra etiologia. Todos fizeram pelo menos 2 ciclos de vancomicina para doença recorrente. Do total de 11 pacientes, 2 necessitaram de 2 infusões e 1 paciente necessitou de 3, totalizando 15 transplantes de microbiota fecal. O sucesso foi de 81,8% com apenas uma infusão e resolução de 90,9% considerando pacientes que necessitaram de mais de uma infusão. Conclusão: O transplante de microbiota fecal é uma terapia factível e com resolução em 90,9% dos casos como tratamento de infecção recorrente por Clostridioides difficile.
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