Controle dos níveis pressóricos em hipertensos

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Fernanda Alcione Jukoski
Carolina Machado
Tatiane Kamylle Felice de Oliveira

Resumo

Objetivos: Identificar o controle pressórico em hipertensos acompanhados por uma equipe da Saúde da Família. Métodos: Trata-se
de um estudo longitudinal, realizado por meio da análise de prontuários de 134 indivíduos hipertensos maiores de 18 anos com,
no mínimo, três aferições de pressão arterial ao longo do período
citado, em uma Unidade Básica da Saúde da Família, durante o
ano de 2017, no município de Itajaí (SC). Resultados: Da amostra
total, 60,5% eram do sexo feminino. A faixa etária predominante foi dos 60 aos 69 anos (33,6%), e 80,7% tinham até 8 anos de
escolaridade. Em relação ao número de medicações utilizadas,
34,3% estavam em monoterapia, 41,8% em terapia dupla, 17,9%
em terapia tripla e 6% em terapia quádrupla. A taxa de controle
pressórico foi de 28,4%. Apenas 9% da amostra apresentava índice
de massa corporal dentro do ideal. No grupo compensado, 52,7%
dos indivíduos apresentavam sobrepeso, enquanto 65,6% do grupo descompensado apresentavam obesidade (p<0,05). Da amostra total, 47,8% dos indivíduos eram portadores de diabetes mellitus, correspondendo a 53,1% do grupo descompensado (p<0,05).
Ainda nesse grupo, 46,9% apresentavam níveis inadequados de
LDL-colesterol (p<0,05), bem como 35,4% dos hipertensos descompensados apresentavam alto risco cardiovascular (p<0,05).
Conclusão: Menos de um terço dos hipertensos apresentou níveis
pressóricos adequados, sendo que os fatores que mostraram
associação significativa com o controle da pressão arterial foram
diabetes mellitus, dislipidemia, elevado índice de massa corporal
e risco cardiovascular intermediário e alto.

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Artigos Originais