Atualização do atendimento do paciente em parada cardiorrespiratória O que todo clínico deve saber?

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Pedro Gabriel Melo de Barros e Silva
Lucas Silva de Macedo
Rodrigo Balada
Glaucylara Reis Geovanini
Fábio Siqueira Bueno
Renato Delascio Lopes

Resumo

O objetivo deste estudo foi apresentar uma revisão narrativa do atendimento à parada cardiorrespiratória, baseada nas diretrizes mais atuais e, também, uma análise crítica de informações de literatura recente, que vão além das recomendações gerais das diretrizes vigentes. A parada cardiorrespiratória, quando ocorre de forma inesperada, abrupta, em indivíduo que se encontrava estável horas antes do evento, é chamada de morte súbita. Essa condição é a principal causa de óbito extra-hospitalar não traumático e, dentre suas diversas causas, a síndrome coronariana aguda é a mais comum em adultos. Uma vez que a frequência de síndrome coronariana aguda tende a aumentar com o aumento da expectativa de vida e de prevalência de outros fatores de risco na população, a ocorrência de morte súbita também tende a aumentar nesse cenário. No intuito de orientar o atendimento de pacientes em parada cardiorrespiratória, há mais de quatro décadas foram criadas diretrizes internacionais, que evoluíram com o surgimento de novas evidências, especialmente nos últimos 20 anos. Todo médico deve estar preparado para atender uma situação de parada cardiorrespiratória, pois ele pode ser chamado para atender tais casos em diferentes cenários (emergência, unidade de internação ou em ambiente extra-hospitalar). Entretanto, apesar da importância da incorporação de novas evidências nessas diretrizes, mudanças frequentes nas recomendações representam grande desafio para os clínicos se manterem atualizados. Além da dificuldade na atualização permanente, há recomendações feitas pelas diretrizes de sociedades médicas que divergem entre si e são questionadas por especialistas, o que gera dúvida na tomada de decisão do clínico. Conforme pormenorizado neste artigo de atualização, as etapas do algoritmo de Suportes Básico e Avançado de Vida são apresentadas como uma sequência, para facilitar para o socorrista que atua sozinho a oferecer intervenções com impacto na sobrevivência do paciente, devendo priorizar a reanimação cardiopulmonar de qualidade e a desfibrilação precoce, se indicada.

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Artigos de Revisão