Características do primeiro infarto agudo do miocárdio em indivíduos jovens
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Resumo
Objetivo: Avaliar o perfil de gravidade de pessoas muito jovens (<30 anos) e jovens (<40 anos) atendidas com o primeiro episódio de infarto agudo do miocárdio e relacionar os fatores de risco e as lesões coronarianas. Método: Realizou-se uma coorte prospectiva que avaliou 712 pessoas no período de agosto de 2016 a fevereiro de 2020, hospitalizadas pelo primeiro episódio de infarto agudo do miocárdio e atendidas na região da Grande Florianópolis. Foram avaliados fatores de risco, os escores Syntax e TIMI frame count, a fração de ejeção do ventrículo esquerdo, o valor de delta t e o tempo porta-balão. Foram considerados significativos os valores de p<0,05. Resultado: A hipertensão arterial sistêmica teve menor prevalência entre os participantes muito jovens (<30 anos) quando comparados aos com mais idade (0% versus 58,7%; p=0,012), o que se repete também no grupo dos jovens (<40 anos), quando comparados aos com mais idade (26,1% versus 59,3%; p=0,002). Houve maior prevalência de uso de álcool nos muito jovens (80% versus 33,3%; p=0,046), e a prevalência de drogadição neste grupo foi de 40%, quando comparados aos pacientes com 30 anos ou mais (3,3%; p=0,046), e, nos jovens (<40 anos), quando comparados aos com 40 anos ou mais, foi de 21,7% (versus 2,9%; p=0,011). Os menores de 40 anos tiveram mais eventos com supradesnivelamento de segmento ST quando comparados aos pacientes com mais idade – sendo que, no grupo dos muito jovem (<30 anos), 100% apresentaram essa alteração eletrocardiográfica versus 48,8% nos com 30 anos ou mais (p=0,028). Os jovens tiveram maior razão de chances de apresentar disfunção ventricular esquerda pós-infarto agudo do miocárdio (razão de chance de 4,24; p=0,026), além de apresentarem um fator protetor para melhor reperfusão coronariana pós-angioplastia (razão de chance de 0,135; p=0,063) e não obtiveram diferença significativa quanto ao delta t prolongado (razão de chance de 0,72; p=0,547) e ao tempo porta-balão prolongado (razão de chance de 0,86; p=0,776). Conclusão: Jovens têm menor prevalência de hipertensão arterial sistêmica e maior de uso de drogas e álcool. Em sua maioria, apresentaram infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST e maior razão de chances de apresentar disfunção ventricular esquerda, apesar de um maior fluxo coronariano pós- -angioplastia. Não houve diferença quanto ao delta t e tempo porta- balão entre os participantes jovens e muito jovens.
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Declaração de Direito Autoral
Eu (nome do autor responsável) _______________________________________________ declaro que o presente artigo intitulado ___________________________________é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista Revista da Sociedade Brasileira de Clinica Médica, editada pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica, o mesmo jamais será submetido por um dos demais co-autores a qualquer outro meio de divulgação científica impressa ou eletrônica.
Por meio deste instrumento, em meu nome e dos demais co-autores, cedo os direitos autorais do referido artigo à Revista da Sociedade Brasileira de Clinica Médica, e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (n 9610 19 de fevereiro de 1998) que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm
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