Associação de vitiligo com autoanticorpos tireoidianos

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Viviane Gonçalves Furtado
Othelo Amaral de Oliveira
Silvia Ferreira Rodrigues Muller

Resumo

Objetivo: Analisar a presença de autoanticorpos antitireoidianos (anti-TPO) no soro de pessoas acometidas por vitiligo. Métodos: Estudo do tipo caso-controle retrospectivo realizado em serviço de dermatologia de referência na Amazônia, com amostra constituída por dois grupos: Grupo Vitiligo (n=56), com diagnóstico clínico de vitiligo, e Grupo Controle (n=30), que se declarou sadio, não portador de vitiligo, de outra dermatose e/ou doença autoimune diagnosticada. O registro dos dados foi feito pelo preenchimento de protocolo específico usado em entrevista para ambos os grupos, além de coleta de sangue para dosagem de autoanticorpos anti-TPO para os dois grupos. O teste qui quadrado e a odds ratio (OR) foram utilizados para variáveis qualitativas; para as quantitativas, foi utilizado o teste t de Student, e o nível de significância foi de p≤5%. Resultados: A história pessoal de doença autoimune esteve presente em 7,14% dos portadores versus 0% dos controles. Não houve diferenças estatisticamente relevantes com relação aos antecedentes familiares entre os grupos (OR: 0,5704; p=0,4146). Quanto à positividade para os autoanticorpos anti-TPO (níveis superiores ao ponto de corte), não houve relevância estatística (qui quadrado 2,844; p=0,229). Entretanto, na comparação dos níveis séricos absolutos de autoanticorpos anti-TPO entre os grupos, foram obtidos 129,49±323,88 para o portador da doença e 35,85±13,16 para o controle, com t=2,1602 e p=0,0351. Conclusão: Embora não tenha sido relevante a diferença entre os Grupo Vitiligo e Controle quanto à positividade para o autoanticorpos anti-TPO, ao se considerar a comparação com os valores séricos absolutos do Grupo Vitiligo, estes foram maiores que os apresentados pelos controles, sendo esta diferença estatisticamente relevante.

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Artigos Originais