Uso do lítio no tratamento do Alzheimer

Main Article Content

Márcio Kamada
Anna Gabriella Netto Mattar
Mariana Prado Fontana

Resumo

A doença de Alzheimer (DA) é a causa mais comum de demência em idosos. As principais lesões cerebrais encontradas nesses pacientes são placas neuríticas com depósitos extracelulares de proteína β-amiloide e um emaranhado neurofibrilar localizado normalmente no citoplasma perinuclear e composto de proteínas Tau hiperfosforiladas. Nos estágios iniciais, nota-se deficiência da memória recente, lapsos de memória, confusão e queda no rendimento funcional em tarefas complexas. Apesar de todo o conhecimento de sua fisiopatogenia, ainda não foram descritas terapias completamente eficazes para seu tratamento, sendo que o tratamento de primeira escolha é feito com fármacos inibidores da colinesterase. Estudos sugerem que o tratamento crônico com lítio potencializa a sobrevivência de novas células induzida por enriquecimento ambiental no hipocampo, proporcionando um ambiente favorável para os estímulos ambientais exercerem um efeito protetor mais forte. Deste modo, o tratamento combinado com lítio e enriquecimento ambiental poderia constituir uma estratégia para promover a sobrevivência de novos neurônios e, assim, melhorar a função cognitiva na doença de Alzheimer, especialmente em estágio inicial.

Article Details

Seção
Artigos de Revisão