A cirrose é um processo inflamatório crônico no fígado, que ocorre em longo prazo e leva a formação de cicatrizes (fibroses), insuficiência hepática e má circulação sanguínea.

A cirrose representa a fase final das hepatopatias crônicas que cursam com inflamação persistente, destruição progressiva dos hepatócitos (principais células parenquimatosas do fígado) e sua substituição por fibrose. Como consequências, há profunda distorção na arquitetura micro e macroscópica do fígado, com formação de nódulos fibróticos e neoformações vasculares. (*Trecho do texto - Manual de Clínica Médica, pág. 296)

Entre as principais causas que provocam a doença temos as hepatites (principalmente B e C) e o abuso de álcool, que provocam danos irreparáveis ao fígado. O excesso de peso, obesidade, predisposição genética, uso (ou abuso) de medicamentos e idade acima de 40 anos também podem ser fatores de risco. É crescente o número de casos provocados por esteatose hepática, que é a infiltração gordurosa no fígado.

Os sintomas iniciais podem apresentar cansaço, fraqueza e perda de peso. Em fases mais avançadas é comum o amarelamento da pele (icterícia), sangramento gastrointestinal, confusão mental e inchaço no abdômen. Cerca de 10% dos pacientes não apresentam sintomas.

Por ser uma doença silenciosa, o diagnóstico pode ser tardio. Quando feito no início, há possibilidade de interrupção de maiores danos. O tratamento é baseado nas causas e sintomas, podendo ser necessário o transplante de fígado em casos graves.

O Clínico Médico pode identificar e diagnosticar o quadro de cirrose em quaisquer estágios da doença. Como prevenção, recomenda-se a adoção de estilo de vida saudável, evitar o consumo de álcool, dietas gordurosas e automedicação.

 

Texto: Jornalista Carina Gonçalves - MTB: 48326