Um caldo de algas marinhas e agentes bioquímicos que brilham no escuro podem ajudar no transplante de células-tronco de pacientes com doença arterial periférica grave, informou nesta terça-feira (10) a Universidade Johns Hopkins.
Uma equipe de cientistas dessa universidade de Baltimore, em Maryland (EUA), apresentou os resultados de seus experimentos durante uma reunião anual em San Diego, Califórnia.
Efe |
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Para superar a rejeição de células-tronco, os cientistas criaram "cápsula" derivada de algas, que cercam as células e as protegem |
Durante uma chamada "prova preliminar de conceito" realizada com coelhos, os cientistas introduziram células-tronco terapêuticas, mediante injeções intramusculares, e depois observaram sua viabilidade após chegarem ao lugar onde estavam destinadas.
A doença arterial periférica, um mal que afeta cerca de 10 milhões de pessoas nos Estados Unidos, ocorre quando existe um estreitamento dos vasos sanguíneos fora do coração, segundo a Associação Médica Americana (AMA, em inglês).
Quando tentam melhorar o fluxo de sangue, segundo Dara L. Kraitchman, professora de Radiologia na universidade, os médicos precisam de algo que lhes indique se as células-tronco injetadas permanecem vivas e chegam a seus objetivos, onde crescerão e se desenvolverão como o tecido novo necessário.
"Isto é crucial para o tratamento", acrescentou Kraitchman, porque o sistema de imunidade do corpo pode apontar as células-tronco como invasores estrangeiros e tentará destruí-las.
Para superar a rejeição das células-tronco, os cientistas criaram uma "cápsula" derivada de algas, que cercam as células-tronco de coelhos e as protegem do ataque do sistema de imunidade.
Dentro dessa cápsula de algas, os cientistas acrescentaram agentes de contraste de raios-X para torná-las visíveis em uma angiografia (visualização radiológica de vasos do aparelho circulatório).
Depois, manipularam geneticamente as células-tronco para que produzissem luciferase, o mesmo composto biológico produzido pelos os vaga-lumes, que é muito visível na imagem de bioluminescência.
Fonte: FSP,10 de março de 2009