Cerca de 20% da população adulta do Reino Unido é obesa, e a prevalência do problema está aumentando. Esses números preocupam as autoridades de saúde do país, pois, além de problemas cardiovasculares, muitas outras doenças são associadas à condição, incluindo uma variedade de problemas musculoesqueléticos, incapacidade locomotora e dor nas articulações.
Segundo os pesquisadores, dentre as condições reumatológicas, a obesidade aumenta os riscos principalmente de osteoartrite no joelho – com menor efeito na progressão da doença – e de hiperuricemia (altos níveis de ácido úrico no sangue, podendo causar gota). Além disso, o peso corporal se relaciona diretamente à síndrome metabólica, aumentando os riscos cardiovasculares e a mortalidade em pessoas com gota.
Em menor escala, estar acima do peso aumentaria as chances de ter osteoartrite no quadril e nas mãos; e essa associação “implica que o excesso de tecido adiposo produz fatores humorais que alteram o metabolismo da cartilagem articular”. E, em relação à artrite reumatóide, ao contrário, a obesidade parece reduzir a progressão da doença e é associada, por alguns estudos, a uma melhor sobrevivência dos pacientes.
De acordo com os autores, o sistema da leptina – conhecido também como “hormônio da obesidade”, por controlar o apetite e cumprir um papel na queima de gorduras – poderia ser responsável pela relação entre as anormalidades metabólicas da obesidade e o maior risco de osteoartrite.
Por causa desses dados, eles defendem que a redução de peso deve ser uma parte importante do tratamento para a artrose e a gota. “Porque a obesidade na juventude se correlaciona com o desenvolvimento de osteoartrite e gota mais tarde, estratégias preventivas de saúde pública direcionadas para a redução da incidência de obesidade são da maior importância”, concluíram.
Fonte: Menopause International. Dezembro de 2008.