Acompanhando, por três anos, 756 pessoas com idades entre 55 e 91 anos que apresentavam transtorno cognitivo leve, os pesquisadores registraram 208 casos de depressão. E as análises mostraram que, a cada aumento de um ponto na escala de depressão, havia um aumento de 3% no risco de os participantes desenvolverem a doença de Alzheimer.
"Nossos estudos de mais longo-prazo se unem ao corpo de evidências que sugerem que a depressão é um fator de risco importante para a doença de Alzheimer", disse o pesquisador Po H. Lu, um dos autores do estudo.
Na análise do tratamento, os pesquisadores descobriram que, entre aqueles que tomaram a droga donepezil, apenas 11% desenvolveram a doença degenerativa em 1,7 anos, contra 25% daqueles que foram tratados com vitamina E ou placebo. E, em 2,2 anos, essas taxas foram de 14% e 29%, respectivamente. Porém, a droga não fez efeito no grupo não-depressivo.
Os pesquisadores destacam que essa droga é não é aprovada para o uso em transtorno cognitivo leve, mas apenas em caso de doença de Alzheimer. Por isso, antes de qualquer recomendação, mais estudos são necessários para confirmação e para revelar se o tratamento da depressão pode retardar o desenvolvimento da doença de Alzheimer.
Fonte: University of California - Los Angeles. 17 de junho de 2009.