Depressão em pacientes com doença renal crônica em hemodiálise e transplante renal

Main Article Content

Geórgia Almeida Nogueira
Ana Beatriz Arrais Lima Costa
Guillherme Nobre Cavalcanti Lucas
Gabriel Araújo Pereira
Leila Maria de Andrade Filgueira
Geraldo Bezerra da Silva Júnior

Resumo

O desenvolvimento de pesquisas, diante da relevância do tema, propicia suporte teórico, favorecendo a atuação da assistência multidisciplinar, no intuito de fortalecer o vínculo terapêutico, a relação com a família e o cuidado de modo integral. O objetivo deste estudo foi revisar os principais aspectos clínicos da depressão entre pacientes com doença renal crônica em hemodiálise e transplantados renais com base nas evidências científicas atuais. O aumento da expectativa de vida acarreta a elevação da incidência das doenças crônicas não transmissíveis – dentre elas a doença renal crônica –, que são vistas como fatores que afetam o paciente, tanto no âmbito físico como no psicológico, gerando a associação de doenças crônicas com distúrbios psicoafetivos. Estudos prévios mostram que a depressão é três a cinco vezes mais prevalente no estágio avançado da doença renal crônica do que na população em geral. A prevalência de depressão nos pacientes em hemodiálise está em torno de 20% a 40%, representado uma questão de saúde pública. Apesar de sua alta prevalência, a depressão é subdiagnosticada e subtratada, pois os profissionais de saúde assemelham os sintomas depressivos com os das doenças crônicas, focalizando apenas nos aspectos físicos da enfermidade. É essencial que os profissionais da saúde estejam qualificados para reconhecer as manifestações iniciais para o diagnóstico correto da depressão, posto que esse distúrbio possui ligação direta com o sucesso terapêutico.

Article Details

Seção
Artigos de Revisão