Efeitos adversos às drogas antituberculose: hepatotoxicidade

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Manuella Andrade Oliveira Sobral
Celina Maria Costa Lacet
Maria de Fátima Alecio Mota
Miriã Silva
Maria Eduarda Lins Calazans
Camila Cinthia Araújo Alécio
Sandra Marcia Omena Bastos

Resumo

Objetivo: Verificar a frequência de efeitos adversos em pacientes
em uso de drogas antituberculose de primeira linha, além dos
fatores de risco associados aos efeitos adversos e à hepatotoxicidade.
Métodos: Estudo transversal, envolvendo 196 pacientes
portadores de tuberculose em Maceió (AL), de agosto de 2017 a
junho de 2018. Os efeitos adversos foram classificados de acordo
com o Manual de Recomendações para Controle da Tuberculose
de 2011, do Ministério da Saúde, em efeitos menores (queixas
gastrintestinais, cutâneos, articulares e neurológicos) e maiores
(psicose e hepatotoxicidade). Os fatores de risco avaliados foram:
idade superior a 40 anos, etilismo, sexo feminino, anemia, doença
hepática anterior, diabetes e infecção por HIV. Resultados: Foram
observados efeitos adversos às drogas antituberculose em 85
pacientes (43,4%); destes, 40,8% eram menores e 8,2%, maiores.
Os mais frequentes foram distúrbios gastrintestinais (25,5%) e
cutâneos (15,3%). Identificaram-se como fatores de risco anemia,
diabetes e doença hepática anterior. Hepatotoxicidade foi diagnosticada
em 15 pacientes (10,6%), dos quais 80% eram sintomáticos,
sendo fatores de risco doença hepática anterior e diabetes.
Houve suspensão da terapia em todos os casos de hepatotoxicidade
com modificação do esquema em 80% dos casos. Conclusão:
Demonstrou-se frequência elevada de efeitos adversos às drogas
antituberculose, associada à doença hepática anterior e ao diabetes.
A hepatotoxicidade representou o efeito adverso mais grave, responsável
pela suspensão e pela adequação do esquema terapêutico.

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Artigos Originais