Identificação e caracterização de interações medicamentosas em prescrições médicas da unidade de terapia intensiva de um hospital público da cidade de Feira de Santana, BA

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Karoline Neris Cedraz
Manoelito Coelho dos Santos Junior

Resumo

Objetivos e Justificativa: Identificar e caracterizar as interações medicamentosas presentes em prescrições médicas da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital público da cidade de Feira de Santana, Bahia. Uma vez que Interações medicamentosas (IM) representam fontes potencialmente remediáveis de erros na assistência e um risco para os pacientes. Métodos: O estudo realizado foi do tipo descritivo. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa foram coletadas aleatoriamente 28 prescrições médicas da Unidade de Terapia Intensiva  do hospital no ano de 2013, sendo necessário o preenchimento de uma ficha de coleta previamente estabelecida. Os dados coletados foram analisados pelo programa Micromedex® Drug Interactions, este caracterizou as interações medicamentosas segundo a gravidade e documentação comprobatória. Resultados: Das 28 prescrições analisadas, 2 apresentaram nenhuma interação medicamentosa,  enquanto 26 apresentaram alguma interações medicamentosas, resultando 99 potenciais interações medicamentosas, sendo os fármacos mais envolvidos: Midazolam, Ácido Acetilsalicílico, Fentanil e Dipirona. Interações medicamentoas mais frequentes foram: Fentanil + Midazolam; Dipirona + Enoxaparina; Midazolam + Omeprazol; Ácido Acetilsalicílico + Insulina Humana Regular. Segundo a gravidade foram encontradas: 5 contra Indicado, 31 maior, 58 moderado e 5 menor. 29 interações medicamentosas possuíam documentação excelente, 39 boa, 31 razoável e nenhuma com documentação desconhecida O uso, simultâneo de Fentanil + Midazolam pode resultar em depressão respiratória aditiva. Já o uso de Metoclopramida + Haloperidol pode aumentar o risco de reações extrapiramidais ou síndrome maligna dos neurolépticos. Conclusão: Confirmou-se que as interações medicamentosas são  um problema frequente e cada vez mais relevante, pois identificá-las tornou-se um desafio para os profissionais de saúde.

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Artigos Originais