Lesão folicular: correlação entre achados da punção aspirativa por agulha fina de tireoide e exame anatomopatológico

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Daniela Rezende Portes de Almeida
Carla Regina dos Santos Pallone
Cássia Veridiana Dourado Leme Bueno
Mariana Carvalho Santos Tavares
Nathalia Mastrocola Luz
Paula Bombonato Strini Paixão
Lúcia Helena Bonalume Tacito
Antônio Carlos Pires

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: A punção aspirativa por agulha fina é um método de alta acurácia no diagnóstico pré-operatório de nódulos tireoidianos, porém, quando se trata de lesões de padrão folicular, ainda há limitação diagnóstica na distinção entre lesões benignas e malignas. O objetivo deste estudo foi determinar a taxa de malignidade em lesões foliculares de tireoide a partir do exame anatomopatológico de pacientes cirurgicamente tratados em centro médico quaternário. MÉTODOS: Análise observacional retrospectiva dos casos de lesão folicular de tireoide investigados em ambiente ambulatorial pela disciplina de Endocrinologia do  Hospital de Base de São José do Rio Preto no período entre 1o de janeiro de 2000 e 31 de dezembro de 2012. RESULTADOS: Dentre o total de 1.150 punções aspirativa por agulha fina realizadas, 841 tiveram diagnóstico citológico de benignidade (73,13%), 117 tiveram diagnóstico de malignidade (10,17%) e 192 tiveram diagnóstico de lesão folicular de significado indeterminado (16,70%). Destes, 144 (75%) foram submetidos à tireoidectomia para diagnóstico anatomopatológico confirmatório, tendo prevalência de malignidade em 36,80%. Houve predomínio do carcinoma papilífero de tireoide (20,83%), seguido do carcinoma folicular de tireoide (15,28%) e apenas um caso de carcinoma medular de tireoide (0,69%). CONCLUSÃO: A taxa de malignidade nas citologias de padrão folicular, após correlação histológica neste serviço, foi superior à estimada na literatura, o que evidencia o valor da punção aspirativa por agulha fina como um exame de screening de nódulos tireoidianos e reforça a importância da confirmação histopatológica, para correto tratamento e seguimento desses pacientes.

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Artigos Originais