Mortalidade por causas externas: revisão dos dados do Sistema de Informação de Mortalidade

Main Article Content

Marilísia Mascarenhas Messias
Jenyffer Ribeiro Bandeira
Aline Barbosa Lopes
Luisa Lopes Dias Silva
Paula Fleury Curado

Resumo

Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico da mortalidade por causas externas. Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, de abordagem quantitativa. A população estudada correspondeu a vítimas que foram a óbito por causas externas, por local de ocorrência, no Estado do Tocantins, de 2010 a 2015. Os dados foram extraídos do banco de dados do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde. As variáveis analisadas foram faixa etária, sexo, municípios de ocorrência e categorias da décima edição da Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. Resultados: Nos anos de 2010 a 2015, foram registrados 7.691 óbitos por causas externas no Tocantins. Destes, 7.142 corresponderam apenas às categorias consideradas por este estudo, dentre as quais acidentes de transporte e agressões obtiveram maior número de casos, com 43,92% e 29,98%, respectivamente. Da mortalidade por acidentes de transporte, 33,5% corresponderam a motociclistas. Os homens representaram a maioria das ocorrências (82,46%). A faixa etária de 20 a 29 anos foi a mais acometida (24,85%), mas óbitos por quedas e por afogamentos ocorreram mais nas faixas etárias de 80 anos ou mais (207 óbitos) e 30 a 39 anos (72 óbitos), respectivamente. As cidades com maiores resultados foram Palmas (20,71%) e Araguaína (16,5%). Conclusão: Os dados demonstram a magnitude do problema a nível estadual e os impactos causados à saúde pública e à sociedade como um todo. Revelam, ainda, a necessidade de políticas públicas de valorização da vida e da promoção de oportunidades, que visem à igualdade entre os cidadãos.

Article Details

Seção
Artigos Originais