Sepse em gestantes atendidas em um hospital público de Curitiba - PR

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Johanna Babetta Zastrow
Katherine Unterstell Brittes
Lívia Sayumi Mizobuchi
Marina Marques Denobi
Roberta Ramos Polonio

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a frequência de sepse em gestantes e puérperas atendidas em um hospital, identificar os principais focos originários de sepse na gestação e puerpério, e verificar os principais agentes etiológicos envolvidos em sua etiopatogenia. MÉTODOS: Estudo do tipo transversal descritivo realizado no Hospital do Trabalhador, em Curitiba (PR), de agosto de 2014 a agosto de 2016. Revisão e análise de 71 prontuários de pacientes diagnosticadas com sepse, sepse grave ou choque séptico. Os aspectos estudados foram idades gestacional, agente etiológico, foco infeccioso, principal trimestre gestacional acometido e prevalência de cada tipo de sepse. RESULTADOS: A frequência de sepse durante a gestação e o puerpério no período estudado foi de nove casos para cada mil gestantes. A ocorrência de sepse foi relacionada principalmente ao segundo semestre gestacional (39,4%). Os casos de sepse somaram 73,2% do total, enquanto os demais evoluíram com quadros de sepse grave e choque séptico . Escherichia coli representou 33,8%, sendo o urinário o foco infeccioso mais prevalente (70,4%). Ceftriaxona foi o antibiótico mais utilizado, tanto isoladamente quanto em associação (84,4%). Entre os desfechos para o feto, 85,9% não tiveram complicações. CONCLUSÕES: Os novos conceitos de sepse publicados pela Society of Critical Care Medicine (SCCM) e pela European Society of Critical Care Medicine (ESICM) contrariam os interesses dos países conhecidos como de baixos e médios recursos. Foi encontrado aumento da incidência de sepse gestacional, ocorrendo prevalência do foco urinário; consequentemente, o agente principal foi E. coli. Ademais, ocorreram importantes consequências perinatais como mortalidade e prematuridade.

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Artigos Originais