Endocardite infecciosa em cirurgias valvares: avaliação ecocardiográfica e clínica como preditores de mortalidade em uma série de casos

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Isabela Lima Pinheiro
Igor Arantes Goes
Gustavo Adolfo Kuriyama Massari
Cristina Sylos
Leonardo Albuquerque

Resumo

OBJETIVO: Analisar uma série de casos cirúrgicos com diagnóstico de endocardite infecciosa, comparando fatores clínicos, ecocardiográficos e cirúrgicos. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de caráter observacional, com análise de prontuários dos pacientes operados com diagnóstico prévio de endocardite infecciosa, no período entre janeiro de 2015 a outubro de 2016 em um hospital terciário. RESULTADOS: Dentre as cirurgias cardíacas valvares realizadas nesse período, 14% possuíam diagnóstico de endocardite infecciosa. Houve prevalência do sexo masculino, sendo a valva aórtica a mais acometida (62,5%). Febre e dispneia foram os sintomas mais comuns (37,5%). Ao ecocardiograma, a maioria dos pacientes apresentava vegetações maiores que 10mm e disfunção valvar importante. Todos os casos utilizaram associação de antibióticos, e a gentamicina esteve presente em metade deles. A mortalidade intra-hospitalar na amostra ocorreu em 37,5%. CONCLUSÃO: Foi encontrada alta incidência de endocardite, com elevada mortalidade não relacionada ao procedimento cirúrgico. Ressalta-se a necessidade de intervenção precoce com a intenção de reduzir complicações como dilatação e disfunção ventricular e embolias.

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Artigos Originais