Função retardada do enxerto renal e taxa de redução de creatinina

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Luciana Barreira de Alencar Andrade Motta
Mario de Seixas Rocha
Carlos Alfredo Marcílio de Souza
Constança Margarida Sampaio Cruz

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVO: A definição de função retardada do enxerto varia largamente e sua incidência também varia entre os diversos centros. O objetivo deste estudo foi determinar a incidência de função retardada do enxerto e identificar possíveis preditores. MÉTODOS: Foram acompanhados 73 pacientes maiores de 18 anos com enxertos renais provenientes de doadores vivos e falecidos durante o primeiro ano pós-transplante. Os dados foram coletados à medida em que retornavam ao ambulatório, a cada 3 meses. RESULTADOS: Permaneceram, para análise, 73 pacientes, sendo 25 receptores de transplante renal com doadores vivos e 48 com doadores falecidos. A mediana da idade foi de 36 (20) anos. A frequência do gênero masculino foi de 52,1% (38/73) e a frequência da raça negra foi de 77,5% (55/71). A incidência de função retardada do enxerto foi de 67,1% (49/73), sendo que, 58,9% destes foram função retardada do enxerto dialítica. Entre doadores falecidos, a incidência de função retardada foi de 85,5% (41/48), sendo 79,2% destes (38/48) função retardada do enxerto dialítica. Entre doadores vivos, a incidência de função retardada foi de 32% (8/25), sendo 20% (5/25) de função retardada do enxerto dialítica. Doador falecido foi preditor independente de função retardada do enxerto na análise de regressão logística multivariada (OR ajustada = 12,35; intervalo de confiança de 95%: 3,28-46,50). CONCLUSÃO: A incidência de função retardada do enxerto foi bastante elevada. Doador falecido foi o único preditor independente para seu desenvolvimento.

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Artigos Originais