Perfil epidemiológico dos pacientes com evolução subaguda e crônica de infecção por Chikungunya

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Liza Ingride Acha Kohler
João de Azevedo
Mariana Arêdes Lima
Rodrigo Alves Marinho
Luiz José de Souza

Resumo

OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes com evolução subaguda e crônica da infecção por Chikungunya, e avaliar suas principais alterações laboratoriais. MÉTODOS: Estudo observacional, realizado por meio da análise de 31 prontuários de pacientes atendidos em um centro de referência de doenças imunoinfecciosas, no Estado do Rio de Janeiro, no período de janeiro a maio de 2016. Foram selecionados prontuários de pacientes com Chikungunya em fase subaguda ou crônica com diagnóstico confirmado por sorologia IgM, de ambos os sexos e de todas as faixas etárias. As seguintes variáveis foram consideradas: sexo, idade, leucócitos, plaquetas, velocidade de hemossedimentação, e aspartato aminotransferases e alanina transaminase (AST/ALT). RESULTADOS: A faixa etária predominante foi de 50 a 69 anos (64,5%). Pertenciam ao sexo feminino 83,9% dos pacientes. Dentre as alterações laboratoriais, destacaram-se elevação da velocidade de hemossedimentação (46,15%), leucopenia (37%), elevação de transaminases (30,8% AST e 23% ALT) e trombocitopenia (11,1%). CONCLUSÃO: Observou-se a importância epidemiológica na determinação de pacientes potencialmente capazes de desenvolver tais sequelas, representada principalmente pela artralgia incapacitante. A identificação desse grupo, caracterizado como pacientes do sexo feminino e de faixa etária entre 50 e 69 anos, pode ser de grande valia para a prevenção da evolução mórbida dessa arbovirose, sabendo que tais pacientes necessitam de cuidados especiais e acompanhamento clínico mais rigoroso.

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Artigos Originais