1918: a gripe espanhola desvendada?

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Cristina Brandt Friedrich Martin Gurgel

Resumo

Em 1918, o mundo testemunhou uma das maiores tragédias de sua história, quando uma epidemia de gripe arrasou a população. Acredita-se que 15 a 25 milhões de pessoas tenham perdido a vida em consequência de uma grave insuficiência respiratória. O comportamento não usual de levar jovens entre 20 e 40 anos à morte mantém acesas as discussões a respeito de sua natureza. O objetivo deste estudo foi rever na literatura os primórdios da epidemia e suas consequências, além dos estudos que tentaram e tentam desvendá-la. A gripe espanhola tem sido estudada por meio de diferentes pontos de vista. A dimensão social da doença envolve constatações de semelhanças entre outras epidemias do passado, como os sentimentos de desorientação, impotência e terror, e por ter vitimado principalmente a parcela mais carente da população. Porém, em 1918, já se conheciam os micro-organismos patogênicos, impedindo que houvesse o apontamento milenar de culpa de membros segregados pela sociedade. Pesquisas sobre o agente causal, a fisiopatologia e as causas dos óbitos mobilizaram os laboratórios ao redor do mundo. As causas de seu estranho comportamento não estão totalmente esclarecidas. Os mistérios da gripe espanhola ainda intrigam a ciência.

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Artigos de Revisão