Hipotermia neuroprotetora tardia
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Resumo
A parada cardiorrespiratória é um evento de alta mortalidade. A isquemia cerebral difusa relacionada ao hipofluxo cerebral frequentemente leva à injúria neurológica grave e ao desenvolvimento de estado vegetativo persistente. A hipotermia terapêutica representa um importante avanço no tratamento da encefalopatia anóxica pós-parada cardíaca. Seus efeitos neuroprotetores têm sido amplamente demonstrados em várias situações de isquemia neuronal. Apesar de ser um procedimento associado com redução de mortalidade nestes pacientes, a hipotermia ainda é um tratamento subutilizado no manejo da síndrome pós-ressuscitação. Nosso objetivo foi demonstrar que a hipotermia neuroprotetora tem efeito benéfico mesmo realizada tardiamente naqueles pacientes comprovadamente encefalopatas como consequência de baixo fluxo cerebral devido à parada cardiorrespiratória que mantém um nível neurológico baixo (Glasgow abaixo de 8). Este fato é demonstrado pelo não uso de substâncias neurodepressoras nas últimas 48 horas, e o ganho para o paciente seria maior que os prováveis riscos que a hipotermia pode ocasionar. Este relato mostra os efeitos benéficos no paciente submetido ao tratamento da hipotermia neuroprotetora tardiamente, evoluindo satisfatoriamente, visto que foi devolvido à sociedade em Glasgow 14 e com independência suficiente para atender suas necessidades humanas básicas. Era um paciente do sexo masculino, 25 anos, pardo, solteiro, imigrante ilegal oriundo da Bolívia, auxiliar de costura, com história de mal súbito enquanto praticava futebol com amigos em quadra ao ar livre. Deu entrada no pronto-socorro em parada cardiorrespiratória por taquicardia ventricular. Foram realizadas manobras de reanimação com cardioversão elétrica e massagem cardíaca e não houve relato do tempo de parada cardíaca. Foi transferido para a unidade de terapia intensiva adulto com hipótese diagnóstica de encefalopatia anóxica pós-parada cardiorrespiratória sem uso de drogas vasoativas em Glasgow 6.
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Declaração de Direito Autoral
Eu (nome do autor responsável) _______________________________________________ declaro que o presente artigo intitulado ___________________________________é original, não tendo sido submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou em sua totalidade. Declaro, ainda, que uma vez publicado na revista Revista da Sociedade Brasileira de Clinica Médica, editada pela Sociedade Brasileira de Clínica Médica, o mesmo jamais será submetido por um dos demais co-autores a qualquer outro meio de divulgação científica impressa ou eletrônica.
Por meio deste instrumento, em meu nome e dos demais co-autores, cedo os direitos autorais do referido artigo à Revista da Sociedade Brasileira de Clinica Médica, e declaro estar ciente de que a não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (n 9610 19 de fevereiro de 1998) que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9610.htm
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