Hiperaldosteronismo primário, como descrito por Conn. Relato de caso

Main Article Content

Bruno Rocha Wanderley
Gustavo Ávila Maquiné
Célio Rodrigues Wanderley Junior
Felipe Varotto Wanderley
Deborah Laredo Jezini

Resumo

O hiperaldosteronismo primário é causa de hipertensão arterial secundária, com possibilidade de cura após cirurgia em 30 a 75% dos casos. O objetivo deste estudo foi relatar um caso de hipertensão arterial secundária a adenoma adrenal produtor de aldosterona. Paciente feminino, 35 anos, natural de Beruri (AM), procedente de Manaus, foi admitida com pressão arterial de 220x125mmHg associada a fraqueza muscular de membros inferiores e câimbras. Na história patológica pregressa, havia o relato de hipertensão arterial diagnosticada há 2 anos, em tratamento com três classes de anti-hipertensivos. Durante internação em hospital geral, o quadro relatado associado à hipocalemia e alcalose metabólica sugeriram diagnóstico de hipertensão arterial secundária a hiperaldosteronismo primário. Níveis elevados de aldosterona plasmática, com renina suprimida e relação aldosterona- renina elevada, confirmaram o diagnóstico de hiperaldosteronismo primário. A tomografia computadorizada de abdome evidenciou lesão tumoral com 2,3x2,0cm em glândula suprarrenal esquerda sugestiva de adenoma adrenal. Paciente foi submetida a adrenalectomia à esquerda com histopatologia compatível com adenoma adrenal. Seis meses após a cirurgia, paciente evoluiu com normalização da calemia, porém manteve hipertensão arterial com necessidade de terapia anti-hipertensiva, sem novos picos hipertensivos. Se hiperaldosteronismo primário diagnosticado precocemente, há possibilidade de cura da hipertensão arterial secundária após adrenalectomia, reduzindo o efeito deletério da mesma sobre os sistemas cardiovascular, cerebrovascular e renal.

Article Details

Seção
Relatos de Casos