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Dia 03 de setembro, uma comissão mista criada no Congresso Nacional destinada a examinar a Medida Provisória 621/2013, que institui o programa “Mais Médicos” e dá outras providências, esteve reunida em audiência pública no plenário do Senado Federal, em Brasília. O presidente da SBCM e coordenador do Fórum Nacional dos Dirigentes de Escolas Médicas das Instituições Federais de Ensino Superior (FORMED/IFES), Antônio Carlos Lopes, foi convidado a fazer parte da mesa diretiva.



“Ficou claro que ainda há muitas desconfianças quanto à validade deste programa. Não temos dúvida de que todos desejam a existência de médicos nos vários locais deste país, mas não sem a revalidação dos diplomas daqueles formados no exterior. Não há como imaginar um profissional trabalhando nessas localidades afastadas do Brasil sem a proposta de uma carreira de Estado. Também não há como concordar, no caso dos cubanos, com a verba repassada ao governo de Cuba e com a falta de infraestrutura nos locais, um verdadeiro desrespeito ao médico e à comunidade”, comentou Lopes.

Segundo ele, não se pode pensar na oferta de atenção básica ao paciente como reflexo do bom exercício da medicina. “Isso não existe. O que existe é o doente, muito mais importante do que qualquer doença que ele tenha”, completou. Também foi ressaltada a questão da falta de infraestrutura em várias das unidades de saúde do país onde irão atuar esses médicos estrangeiros. “Após um pequeno treinamento de três semanas oferecido pelo governo, eles somente terão sucesso se forem gênios”, defendeu Lopes, que aproveitou para apontar o possível caráter eleitoreiro desta medida e a urgência, por conta do fim do mandato, para apresentação de uma proposta até então inexistente na área da Saúde.

Também participaram da audiência o presidente em exercício do Conselho Federal de Medicina, Carlos Corrêa Lima, o presidente da Comissão de Hospitais Universitários de Andifes, Natalino Salgado Filho, o diretor-geral do Hospital de Câncer de Barretos, Henrique Duarte Prata, o relator da MP, deputado Rogério Carvalho, o, senador João Alberto Souza, o representante do Ministério da Saúde, Mozart Sales, o secretário de estado da saúde da Bahia, Jorge Solla, o secretário executivo do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, José Enio Duarte e a conselheira nacional de saúde, Ivone Evangelista Cabral.