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O Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, será marcado de forma muito especial nesse ano de 2011. Médicos de todo o Brasil, de Norte a Sul, sem exceção, suspenderão o atendimento eletivo a todos os planos e seguro saúde.

Existe uma orientação das entidades médicas nacionais para que, desde já, quaisquer procedimentos ou consultas pré-agendadas para 7 de abril sejam remarcados para datas oportunas. Na ocasião, somente serão assistidas as urgências e emergências.

O Dia Mundial da Saúde, 7 de abril, será marcado de forma muito especial nesse ano de 2011. Médicos de todo o Brasil, de Norte a Sul, sem exceção, suspenderão o atendimento eletivo a todos os planos e seguro saúde.

Existe uma orientação das entidades médicas nacionais para que, desde já, quaisquer procedimentos ou consultas pré-agendadas para 7 de abril sejam remarcados para datas oportunas. Na ocasião, somente serão assistidas as urgências e emergências.

A interrupção do atendimento a planos e seguros é uma ação importante em defesa da qualidade da prestação de serviço aos cidadãos. É uma tentativa de frear, por exemplo, as interferências que as empresas fazem sobre os médicos num claro ataque ao livre exercício da Medicina.

Recente pesquisa do Instituto Datafolha, encomendada pela Associação Paulista de Medicina, aponta que 8 em cada 10 médicos sofrem pressões para reduzir os pedidos de exames, de internações e outros procedimentos, para antecipar altas, e por aí afora. Um absurdo, uma desumanidade. Além de ferir a autonomia profissional, tais interferências geram riscos à saúde e à vida dos pacientes.

Também é reivindicação do movimento de 7 de abril a valorização do trabalho médico. Pouca gente sabe, mas faz cerca de dez anos que os médicos não recebem reajustes adequados na saúde suplementar. As empresas aumentam abusivamente os valores pagos por seus usuários, mas mantém uma política de remunerar os profissionais de maneira aviltante. Os números estão aí: de dez a onze anos para cá, as mensalidades dos planos foram reajustadas em cerca de 140%, enquanto os médicos obtiveram (em alguns casos e no máximo) 60% de recomposição.

Como forma de garantir uma renda minimamente digna, muitos colegas passaram a acumular dois, três, quatro ou mais empregos. As jornadas de trabalho chegaram a 60, 70, 80 ou mais horas semanais, o que é um atentado contra a integridade física e profissional, além de mais risco aos pacientes.

Devido à gravidade da situação, friso uma vez mais, o 7 de abril é um dia de luta pela boa saúde, pela boa Medicina e pelos pacientes. Na pauta de reivindicação, recomposição das perdas dos últimos anos, e inclusão nos contratos de cláusulas de reajustes periódicos, além do fim da interferência na prática médica, entre outros pontos.

Essa é uma luta sua também. Converse com seu médico e veja se pode ajudá-lo a protestar em 7 de abril. A saúde do Brasil agradece.

 

Antonio carlos Lopes é presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica