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Falta pouco mais de um mês para as eleições e para que possamos escolher quem presidirá o Brasil nos próximos quatro anos, além de governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Nesse momento temos o futuro em nossas mãos. Fará toda a diferença votar bem, com consciência, em candidatos de ficha limpa, passado e presente coerentes, compromissados em promover mudanças que o país necessita. Assim, as perspectivas de dias melhores poderão, de fato, tornarem-se mais alvissareiras.

Os médicos brasileiros acabam de dar relevante contribuição para esse processo. Recentemente, no Encontro Nacional das Entidades Médicas, o Enem, produziu uma espécie de programa mínimo para a saúde e a medicina.

Não há receitas milagrosas, ao contrário. Com bom senso e simplicidade, foram elencadas 115 propostas para questões urgentes. A começar pela regulamentação da Emenda Constitucional 29, que vincula recursos nas três esferas de gestão e define o que de fato são “gastos em saúde”...

Falta pouco mais de um mês para as eleições e para que possamos escolher quem presidirá o Brasil nos próximos quatro anos, além de governadores, senadores, deputados federais e estaduais. Nesse momento temos o futuro em nossas mãos. Fará toda a diferença votar bem, com consciência, em candidatos de ficha limpa, passado e presente coerentes, compromissados em promover mudanças que o país necessita. Assim, as perspectivas de dias melhores poderão, de fato, tornarem-se mais alvissareiras.

Os médicos brasileiros acabam de dar relevante contribuição para esse processo. Recentemente, no Encontro Nacional das Entidades Médicas, o Enem, produziu uma espécie de programa mínimo para a saúde e a medicina.

Não há receitas milagrosas, ao contrário. Com bom senso e simplicidade, foram elencadas 115 propostas para questões urgentes. A começar pela regulamentação da Emenda Constitucional 29, que vincula recursos nas três esferas de gestão e define o que de fato são “gastos em saúde”.

Hoje o Brasil investe metade do que fazia nos idos de 1988, quando da criação do Sistema Único de Saúde. São cerca de R$ 60 bilhões contra R$ 120 bilhões de doze anos atrás. Claro que o caos é iminente. Ao mesmo tempo em que demos um salto populacional, universalizamos o sistema, mas o deixamos à míngua e o resultado são as filas intermináveis, falta de leitos de UTI, hospitais sucateados, recursos humanos desvalorizados, sofrimento e dor para os pacientes.

Solucionar tal problema não exige respostas pirotécnicas. Basta responsabilidade e compromisso. Fontes para os recursos não faltam. Podemos dar os primeiros passos economizando nas publicidades governamentais e transferindo tais verbas para a saúde.

Outras proposições do Enem podem igualmente melhorar muito a resolutividade do sistema. Barrar a abertura indiscriminada de escolas médicas é uma delas. Não podemos mais continuar formando médicos sem critério e lançando no mercado profissionais com qualificação inadequada. O médico mal formado não é solução para nada, ao contrário, representa perigo para a saúde e a vida dos pacientes, além de desperdício de recursos para o sistema.

Prestar atenção nessas e em outras questões é um bom caminho para definir candidatos realmente comprometidos com a melhoria da saúde no Brasil. Não podemos mais deixar essa área de tamanha importância com aventureiros que não sabem nada de medicina, de saúde, e ditam regras absurdas do alto de magníficos gabinetes, que têm de tudo, menos afinidade com a população e seus anseios.

 

Antonio Carlos Lopes é Presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

Artigo publicado em 22/08/2010 no Diário Catarinense

Artigo publicado em 24/08/2010 no Jornal do Commercio