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Selvin, E; Bolen, S; Ych, HC et al. “Eventos cardiovasculares em estudos sobre medicação hipoglicemiante por via oral – Revisão sistemática”. Archives of Internal Medicine 2008; 168(19):2070-80.

 

Uma grande variedade de hipoglicemiantes encontra-se disponível para o tratamento de diabetes mellitus tipo II (DM). Entretanto, não está claro o papel dos mesmos no que se refere ao risco cardiovascular. Os autores buscaram fazer uma revisão sistemática da literatura para avaliar o risco cardiovascular associado ao uso dessas drogas.

Selvin at al avaliaram 40 publicações na base de dados MEDLINE, EMBASE e no Centro Cochrane de Registro de Estudos Controlados em janeiro de 2006. Essas publicações referiam-se a estudos controlados que relatavam eventos cardiovasculares (infarto do miocárdio e acidente vascular encefálico). Usando um protocolo padronizado dois revisores extraíram dados de cada artigo, em seqüência. Os estudos foram, inicialmente, descritos de forma qualitativa. Para comparações de quatro ou mais artigos independentes utilizou-se o método de Mantel-Haenzel. Os resultados foram apresentados como Razão de Risco (RR) e o correspondente Intervalo de Confiança a 95% (IC).

Constatou-se que o tratamento com metformina esteve associado a menor risco de morte de origem cardiovascular (RR: 0,74; IC 95%: 0,62-0,89) em comparação com qualquer outra medicação hipoglicemiante oral ou placebo; os resultados de morbidade cardiovascular e de todas as causas de mortalidade forma semelhantes, mas não estatisticamente significantes. Não se observou outra associação significativa entre hipoglicemiantes orais, doença cardiovascular fatal ou não, ou outras causas de mortalidade. Em comparação com outros hipoglicemiantes orais ou placebo, a rosiglitazona foi a única droga associada a aumento de risco de morbidade ou mortalidade cardiovascular, embora não se tenha evidenciado significância estatística (RR: 1,68; IC 95%: 0,92-3,06).

Verificou-se, a partir dessa meta-análise, que ao se comparar drogas hipoglicemiantes orais e placebo, a metformina oferece proteção moderada e a rosiglitazona é, possivelmente, prejudicial, mas não se tem condição de tirar conclusões definitivas, sendo necessários mais estudos de longo prazo quanto à avaliação de eventos cardiovasculares e drogas hipoglicemiantes.