Prevalência de adesão a fármacos anti-hipertensivos: registro de mundo real

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Dinaldo Cavalcanti de Oliveira
Marcos Vinicius Ribeiro Santos
Viviane Ribeiro Gomes
Filipe Wanick Sarinho
Magdala Novaes

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um problema de saúde pública tanto em países desenvolvidos quanto em desenvolvimento. Adesão a fármacos prescritos representa importante fator de bom prognóstico para os pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar as taxas de adesão a fármacos anti-hipertensivos de pacientes hipertensos. MÉTODOS: Estudo de mundo real, multicêntrico, transversal, prospectivo e analítico, que recrutou 850 pacientes hipertensos (média de idade de 62 ± 11 anos, 225 homens e 625 mulheres) no período de agosto de 2010 a julho de 2012. Foram avaliadas as características clínicas, sociais, econômicas e culturais dos pacientes. A adesão aos fármacos anti-hipertensivos foi avaliada através do questionário de Morisky-Green. Foi realizada estatística descrita das prevalências das características analisadas. RESULTADOS: As principais características clínicas, sociais, econômicas e culturais dos pacientes foram dislipidemia (DLP) 319 pacientes (37%), diabetes mellitus (DM) 213 (25%), tabagismo 204 (24%), doença arterial periférica 159 (19%), acidente vascular encefálico (AVE) prévio 69 (8%), doença renal crônica 37 (4%), analfabetismo 303 (35%), doença arterial coronariana (DAC) 85 (10%). Antecedentes familiares: HAS 142 (17%), DAC 96 (11,2%), AVE 94 (11%), DM 90 (10%), DLP 77 (9%) e doença renal crônica 27 (3%). A taxa de adesão a fármacos anti-hipertensivos foi de 40%. CONCLUSÃO: A taxa de adesão aos anti-hipertensivos foi baixa, refletindo que menos da metade dos pacientes tomavam adequadamente os fármacos. Portanto a sua adesão representou importante fator do tratamento de hipertensos que necessita ser melhorado.

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Artigos Originais