Perspectivas dos marcadores biológicos e terapias no carcinoma diferenciado da tireoide

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Fernanda Moraes Simões
Emmanuela Quental Callou de Sá

Resumo

O câncer da tireoide é a neoplasia endócrina maligna mais frequente, com incidência de 1% no Brasil. Os carcinomas diferenciados da tireoide – papilífero e folicular – são responsáveis por 90% das neoplasias tireoidianas, com elevado percentual de cura, porém em 7 a 20% dos pacientes, evolui com metástases e recorrências precoces. O objetivo deste estudo foi avaliar os marcadores moleculares que auxiliam no prognóstico e no tratamento mais adequado dos carcinomas diferenciados da tireoide, e as novas perspectivas terapêuticas. Inúmeros estudos vêm buscando identificar marcadores prognósticos, que possam dividir os pacientes de baixo e alto risco e, assim, determinar uma forma de tratamento mais adequada nos casos resistentes ao tratamento convencional. Alguns marcadores moleculares têm sido estudados e estão relacionados aos carcinomas diferenciados da tireoide CDT, como o natrium iodide symporter (NIS), RAS, BRAF, RET/PTC, PAX8/PPARY, p53, NRTK1, galectina-3 e ciclo-oxigenase- 2. Novos fármacos estão sendo estudas com base nos marcadores moleculares, como o sorafenibe, zactima, ácido retinoico, inibidores da ciclo-oxigenase 2, troglitazona, dentre outros, com resultados animadores. À medida que se conhece a patogênese molecular das neoplasias tireoidianas, novos fármacos estão sendo estudados e testados in vitro e in vivo, e avaliados em ensaios clínicos com resultados bastante promissores para os carcinomas diferenciados da tireoide, principalmente o papilífero da tireoide.

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Artigos de Revisão