Qualidade de vida em tratamento de lúpus eritematoso sistêmico com antimaláricos

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Fernanda Luiza Schumacher Furlan
Macleise Andres Lemes
Carolina Teixeira Furquim Pires
Gabriela Azevedo
Gisele Ferreira Bernardi
Yaçanã Siqueira Simões
Marcia Regina Messaggi Gomes Dias
Thelma Larocca Skare

Resumo

OBJETIVO: Avaliar se o bem-estar global de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico é afetado pelo uso de antimaláricos. MÉTODOS: Estudo transversal observacional analítico, realizado com 118 indivíduos do sexo feminino, sendo que 51 faziam uso de antimaláricos por, no mínimo, 2 anos (Grupo 1), 17 não utilizavam esse método terapêutico (Grupo 2) e 50 não tinham lúpus eritematoso sistêmico (Grupo 3). Dados epidemiológicos, clínicos e sorológicos das pacientes lúpicas foram obtidos por meio da análise de prontuários médicos, e a qualidade de vida foi avaliada pelo questionário Medical Outcomes Study Short-Form Health Survey version 2 (SF-12v2). RESULTADOS: O uso de antimaláricos foi associado à menor ocorrência de psicose e lesões renais, apesar de levar a uma frequência maior de convulsões. Quanto à percepção individual da qualidade de vida, não houve diferença significativa entre os três grupos. Porém, quando considerado o tabagismo entre as usuárias de antimaláricos, o SF-12v2 de saúde mental de fumantes foi menor do que de não fumantes. CONCLUSÃO: Pacientes lúpicas em uso de antimaláricos tiveram menor incidência de psicose e glomerulonefrite, mas não houve diferença significativa em relação à qualidade de vida e ao uso de antimaláricos, com exceção de fumantes em uso da medicação, que tiveram escore do SF-12v2 de saúde mental menor do que não fumantes em uso da mesma medicação.

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Artigos Originais