A inclusão da internet na relação médico-paciente: apenas prós?

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Eder Schmidt
Sophia Mara de Souza Alves Viana
Evelyne Borges de Mattos Andrade
Mariana Delgado Fernandes
Sarah de Paula Iennaco Rezende
Paola Vasconcellos Soares Reis
Yara Abrão Vasconcelos

Resumo

O recurso à internet para obtenção de informações sobre saúde tem provocado avaliações geralmente favoráveis por parte de pacientes e médicos nas indagações a respeito. No entanto, com maior atenção, percebe-se que nem todos os profissionais ratificam essas avaliações ou comungam do otimismo dispensado a essa variável. O objetivo deste estudo foi alinhar seus desdobramentos na relação médico-paciente, buscando um contraponto entre o caráter facilitador e o caráter de desafios inerentes a essa inclusão, abordando, inclusive, seus riscos potenciais à adesão ao tratamento. Sobre a expansão desse recurso, acessível tanto aos médicos quanto ao público leigo, foram lançadas perguntas básicas: quem recorre aos portais de saúde, quando e por que o faz, e quais os desdobramentos desse recurso sobre o médico e sobre seu vínculo com o paciente? Pacientes e médicos se beneficiam do uso da internet. Os primeiros, adquirindo segurança e capacidade de participação no tratamento; os últimos, obtendo atualização e informação facilmente disponíveis. No entanto, alheios a qualquer regulamentação ou validação do que veiculam, os portais sobre saúde trazem também os riscos da informação enganosa, ou de seu mau uso, uma vez que, na falta de uma base teórica e de experiência prática, nem sempre é possível ao paciente lidar positivamente com os dados obtidos. Assim, sua atitude participativa pode vir a se transformar em confrontação e/ou autossuficiência, colocando em risco a relação médico-paciente e, consequentemente, a adesão ao tratamento.

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Artigos de Revisão