Tumor e síndrome carcinoide. Relato de caso

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Cindi Guimarães Marinho
Joyce Freitas dos Santos
Fernando Every Belo Xavier
Karina Oliveira Ferreira
Alex Franca

Resumo

As neoplasias neuroendócrinas são tumores raros, cuja prevalência varia de 0,7 a 4,48 casos em 100 mil habitantes. Menos de um quinto dos pacientes tem a síndrome carcinoide, que pode ser marcada por flushing, diarreia, dor abdominal, alterações cardíacas, pulmonares e pelagra. A dosagem do ácido 5-hidroxi- indolacético urinário e da cromogranina A sérica, exames de imagem e o estudo anatomopatológico da lesão auxiliam no diagnóstico. Neste estudo, relata-se o caso de paciente do sexo masculino, 47 anos, que apresentava diarreia intermitente com evolução de 5 anos e, 2 anos após, dor abdominal e empachamento, bem como percepção de flushing em face, tronco e partes proximais de membros superiores, inicialmente episódico e que, posteriormente, tornou-se fixo, com momentos de exacerbação. Marcadores ácido 5-hidroxi-indolacético urinário e cromogranina A foram positivos. Exame de imagem e estudo anatomopatológico/imuno-histoquímica de lesões focais hepáticas demonstraram tratar-se de tumor neuroendócrino. A cintilografia com octreotide marcado demonstrou lesões hepáticas já conhecidas. Trata-se, portanto, de um tumor neuroendócrino associado à síndrome carcinoide. Foi proposto tratamento com análogo de somatostatina. A síndrome carcinoide é uma manifestação rara dos tumores neuroendócrinos, mas sua identificação precoce é de suma importância para que possa ser oferecido tratamento com intuito curativo e melhor qualidade de vida.

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Seção
Relatos de Casos