Comparação entre Escala de Performance de Karnofsky e Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton como determinantes na assistência paliativa

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Camila Ávila Megda Cabianca
Greisy Gisele Menegheti
Isabela Coelho Portilho Bernardi
Sanderland José Tavares Gurgel

Resumo

Objetivo: Confrontar a baixa capacidade física do paciente com o número de sintomas apresentados, identificando o melhor momento para iniciar a intervenção paliativa. Métodos: Estudo de coorte em uma enfermaria geral de clínica médica com busca ativa por pacientes que necessitariam de assistência paliativa, aplicando a Escala de Performance de Karnofsky e a Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton. Foram avaliados 98 pacientes, com, no mínimo, 48 horas de internação, no período de 22 a 31 de julho de 2015. Resultados: Dentre os pacientes que necessitavam de cuidados paliativos, 21% apresentavam Escala de Perfomance de Karnofsky de 100% (sem sinais ou queixas e sem evidência de doença) e possuíam uma quantidade superior a cinco sintomas de graduações altas que necessitariam de abordagem. Porém, quando a dependência era acentuada, com Escala de Perfomance de Karnofsky de 30% (extremamente incapacitado, necessitando de hospitalização, mas sem iminência de morte), os pacientes apresentavam quantidade inferior a cinco sintomas na Escala de Avaliação de Sintomas de Edmonton. Conclusão: Quanto maior o grau de independência, maior a quantidade de sintomas e mais expressivas foram as queixas. Seria vantajoso, para o paciente e seus familiares, uma assistência paliativa precoce; pois, se estes sintomas forem corretamente controlados, seria possível viver de uma forma mais digna. Já quando a dependência física é alta, os sintomas tenderam a ser menos expressivos, diminuindo as opções para atingir uma melhor qualidade de vida, justificando também a realização de uma abordagem paliativa logo após o diagnóstico.

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Artigos Originais