Estudo das telas cirúrgicas de polipropileno/poliglecaprone-25 e polipropileno monofilamentar no reparo de hérnias inguinais

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João Kleber de Almeida Gentile
Alécio Rampazzo Neto
Thaisa Ribeiro Teixeira
José Pedro de Araújo Birindelli
Marco Antonio Bassi

Resumo

OBJETIVO: Aferir complicações pós-operatórias imediatas e tardias em pacientes portadores de hérnia inguinal submetidos à correção cirúrgica, comparando a utilização da tela de polipropileno monofilamentar com a tela de polipropileno/poliglecaprone- 25. MÉTODOS: Estudo retrospectivo dos pacientes submetidos ao reparo inguinal com uso de tela cirúrgica, avaliando as complicações precoces e tardias por meio de levantamento de prontuários e contato telefônico. Foram utilizadas telas de polipropileno monofilamentar e telas polipropileno com poliglecaprone-25, sendo os pacientes alocados em cada um dos grupos de forma aleatorizada. RESULTADOS: Foram incluídos 114 pacientes no estudo submetidos ao reparo inguinal pela técnica de Lichtenstein. No grupo que utilizou a tela de polipropileno monofilamentar (81,5%), foram identificados quatro pacientes (4,30%) com seroma, dois (2,15%) com hematoma, dois (2,15%) apresentaram infecção de ferida operatória, três (3,22%) apresentaram hipoestesia, nove (9,67%) apresentaram dor ou desconforto crônico na região inguinal e não houve casos de recorrência da hérnia no período. No grupo que utilizou a tela de polipropileno/poliglecaprone-25 (18,5%), foram identificados um paciente (4,76%) com seroma e um (4,76%) com hipoestesia e dois pacientes (9,52%) apresentaram desconforto ou dor crônica. CONCLUSÃO: O reparo inguinal com uso de tela foi o meio mais eficiente para o tratamento da hérnia inguinal apresentando baixos índices de complicação e fácil aplicabilidade. O uso das telas de polipropileno/poliglecaprone-25 ainda não está totalmente estabelecido, apresentando taxas globais de complicações iguais às telas de polipropileno monofilamentar.

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Artigos Originais