Análise comparativa do risco cardiovascular com características clínicas não inclusas no escore de Framingham

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Túlio de Oliveira César
Leandro Gallinucci Cairo
Márcia Rodrigues Alves Carrinho

Resumo

OBJETIVO: Avaliar o risco de doença cardiovascular em 10 anos, por meio do escore de Framingham, em pacientes internados nas enfermarias de clínica médica de um hospital geral, e a prevalência de variáveis clínicas não contempladas por este escore nessa mesma população, além de correlacionar a prevalência dessas variáveis com o risco cardiovascular calculado. MÉTODOS: De dezembro de 2014 a maio de 2015, foram examinados os pacientes sem história ou evidência de doença cardiovascular. Foram coletados os dados para cálculo do risco. Foram ainda avaliadas as seguintes variáveis não inclusas no escore de Framingham: histórico familiar de doença cardiovascular, sedentarismo, circunferência abdominal, etnia e pressão arterial diastólica. Dividimos os pacientes em dois grupos: um com risco cardiovascular elevado e outro com risco não elevado. RESULTADOS: O risco cardiovascular em 10 anos na casuística (n=100) foi de 17,89%. A prevalência das variáveis não inclusas no escore foram antecedente familiar (48%); sedentarismo (81%); obesidade central (70%); brancos vs. não brancos (56% vs. 44%); pressão arterial diastólica média (79,53mmHg). O único dado não incluso no escore que apresentou associação estatisticamente significativa com o risco cardiovascular elevado foi a pressão arterial diastólica (χ²=5,8275; p=0,0158). CONCLUSÃO: O achado da pressão arterial diastólica sugere valor preditivo cardiovascular para este fator. As demais variáveis ausentes no escore não se associaram com o risco cardiovascular elevado.

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Artigos Originais