Relação entre a esteatose hepática não alcoólica e as alterações dos componentes da síndrome metabólica e resistência à insulina

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Josilda Ferreira Cruz
Karla Freire Rezende
Priscilla Mota Coutinho da Silva
Mário Augusto Ferreira Cruz
Demetrius Silva de Santana
Cristiane Costa da Cunha Oliveira
Sônia Oliveira Lima

Resumo

OBJETIVO: Avaliar a prevalência de esteatose hepática não alcoólica em pacientes que realizaram exame de ultrassonografia abdominal de rotina e sua associação com componentes da síndrome metabólica e da resistência à insulina. MÉTODOS: Estudo prospectivo, descritivo, do tipo survey, com abordagem analítica quantitativa. As variáveis numéricas foram expressas como mediana e quartis, e foi utilizado o teste de Kruskal-Wallis, para comparar as variáveis com graus de esteatose. Foi realizada Análise de Covariância com reamostragem por bootstrapping, após correção para sexo, idade e índice de massa corporal. A significância adotada foi de p<0,05, e o programa estatístico utilizado foi o Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 22.0. RESULTADOS: Foram avaliados 800 indivíduos; destes, 233 (29,1%) foram diagnosticados com esteatose hepática não alcoólica. Nos pacientes com infiltração gordurosa hepática, foram observados valores elevados de circunferência da cintura (95%), de triglicerídeos (46,4%), de glicemia (35,9%) e de Índice do Modelo de Avaliação da Homeostase (HOMA-IR; 33,3%). Os níveis de lipoproteína de alta densidade estavam baixos em 61,1%. Circunferência da cintura, glicemia, triglicerídeos, insulina basal e HOMA-IR apresentaram associação estatisticamente significativa com os graus de esteatose hepática (p<0,05). Entretanto, após análise multivariada, foi obtida significância para triglicerídeos, insulina e HOMA-IR (p<0,05). CONCLUSÃO: Desordens associadas à síndrome metabólica estão fortemente relacionadas à presença de esteatose hepática não alcoólica.

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Artigos Originais