Infecção de corrente sanguínea em um hospital terciário

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Thiago Reis de Santana
Arnaldo Alves Lima Jr
Iza Maria Fraga Lobo
Jerônimo Gonçalves de Araújo

Resumo

OBJETIVO: Determinar os microrganismos mais frequentes, o significado clínico e o perfil de sensibilidade aos antimicrobianos dos agentes isolados nas hemoculturas de um hospital escola. MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo realizado por meio de levantamento das hemoculturas positivas de um hospital universitário no período de 2012 a 2014. RESULTADOS: Das 111 hemoculturas obtidas, os microrganismos mais isolados foram Staphylococcus epidermidis (27,4%), outros Staphylococcus coagulase-negativos (32,7%) e Staphylococcus aureus (13,3%). Aproximadamente metade das hemoculturas representou pseudobacteriemia, e Staphylococcus coagulase-negativo foi o contaminante em 89,1% dos casos. A maioria das cepas de S. aureus apresentou suscetibilidade para oxacilina (66,7%), enquanto as de Staphylococcus coagulase-negativo exibiram resistência. Nenhum Gram-positivo apresentou resistência à vancomicina. Escherichia coli, demais enterobactérias (exceto Klebsiella pneumoniae) e bacilos Gram-negativos não fermentadores apresentaram resistência para ampicilina + sulbactam, gentamicina e cefepime, respectivamente. CONCLUSÃO: Gram-positivos representaram a maior parte das bactérias isoladas, e todos foram sensíveis à vancomicina. O elevado número de contaminantes pôde ser atribuído à antissepsia inadequada na coleta, pois Staphylococcus coagulase-negativo, o contaminante mais frequente, está presente na microbiota da pele.

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Artigos Originais