Novos anticoagulantes orais (NOACs) na prevenção de acidente vascular encefálico (AVE) e fenômenos tromboembólicos em pacientes com fibrilação atrial

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Ana Luiza Campos Fernandes
Alcina Marta de Souza Andrade
Constança Margarida Sampaio Cruz
Eloina Nunes de Oliveira

Resumo

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Pacientes com fibrilação atrial (FA) estão mais propensos à ocorrência de eventos vasculares, como acidente vascular encefálico (AVE) e fenômenos tromboembólicos, sendo necessária anticoagulação oral. A varfarina, o anticoagulante mais utilizado, tem uma série de limitações referentes ao seu uso. Nesse contexto, foram desenvolvidos novos anticoagulantes orais (NOACs): inibidores da trombina (dabigatrana) e do fator Xa (rivaroxabana e apixabana). Essa revisão sistemática procurou elencar os principais resultados de Ensaios Clínicos Randomizados (ECRs) abordando o tema NOACs em pacientes com fibrilação atrial para a prevenção de acidente vascular encefálico e/ou fenômenos tromboembólicos. CONTEÚDO: Foram pesquisados Ensaios Clínicos Randomizados, cegos ou abertos, em indivíduos adultos, nas bases PubMed, Scopus, Web of Science, SciELO, LILACS e Cochrane CENTRAL. A avaliação da qualidade dos estudos foi feita utilizando a escala Downs & Black. Foram selecionados cinco Ensaios Clínicos Randomizados e descritos os seus resultados. A rivaroxabana se mostrou não inferior a varfarina no que diz respeito ao desfecho combinado embolismo sistêmico e acidente vascular encefálico, enquanto que a apixabana e a dabigatrana 150mg mostraram-se superiores. Todos os três medicamentos estiveram associados a menor incidência de hemorragia intracraniana quando comparado a varfarina. A apixabana mostrou perfil mais favorável em relação à ocorrência de qualquer sangramento. CONCLUSÕES: os Ensaios Clínicos Randomizados selecionados demonstraram a eficácia dos NOACs na prevenção de acidente vascular encefálicos e/ou embolismo sistêmico em pacientes com fibrilçao atrial. Contudo, são necessários mais estudos para preencher as lacunas do conhecimento quanto à eficácia e segurança desta nova classe de anticoagulantes orais.

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Artigos Originais